Brasil é bicampeão do WCS

Com uma performance sincronizada, dupla brasileira empolga público e juízes e ganha o título mundial de cosplay

A dupla brasileira formada por Jéssica Moreira Rocha Campos, 21 anos, e Gabriel Niemietz Braz, 26 anos, conquistou neste domingo (3), em Nagoya (Aichi), o prêmio máximo do World Cosplay Summit, o campeonato mundial de cosplay. Com este título, o Brasil torna-se o único país bicampeão do evento. Na segunda colocação, ficou a dupla chinesa Zhao Chin e Zhang Li. Yui e Mino, que formaram a dupla japonesa de Osaka, ganharam o Prêmio Brother, uma espécie de menção honrosa.

Apesar do forte calor, com temperatura média acima dos 30 graus, o público lotou o Oasis 21, palco do WCS localizado no centro de Nagoya, para assistir à quarta edição do campeonato mundial de cosplay. Ao todo, 14 duplas representaram os 13 países participantes: Japão (único a ter duas duplas), Alemanha, Brasil, China, Cingapura, Coréia, Dinamarca, Espanha, EUA, França, Itália, México e Tailândia.

Vencedores da etapa brasileira do evento, que é organizada no Brasil pela Editora JBC, Jéssica e Gabriel representaram os personagens Jo e Jango, do anime Burst Angel. Um dos pontos que mais impressionou os jurados foi a impecável fantasia de Gabriel, uma armadura de 2,70 metros. A performance da dupla arrancou aplausos do público e prenunciou que um bom resultado estaria por vir.

O bicampeonato mundial conquistado por Jéssica e Gabriel coloca o Brasil como o principal vencedor do WCS – o país conquistou dois títulos nas quatro edições já realizadas do evento. O primeiro triunfo verde-amarelo foi conquistado pelos irmãos Maurício e Mônica Somenzari, que se sagraram campeões na primeira participação do Brasil no evento, em 2006.

Entrosamento

Poucos minutos após erguerem a bandeira brasileira na conquista do título mundial, Jéssica e Gabriel se confessaram surpresos. “Ensaiamos quase oito meses e fizemos o melhor que pudemos, mas senti que nossa performance não tinha ficado 100%. Por isso, não acreditava que pudéssemos ser campeões”, analisou Gabriel. “Havia outras duplas muito boas e, sinceramente, eu confiava no nosso potencial mas não achava que conseguiríamos o título”, emendou Jéssica.

A dupla atribuiu a conquista à sincronia de movimentos desempenhada na performance. “A Jo, meu personagem, controla o Jango, que foi representado pelo Gabriel. Por isso, treinamos muito para sincronizar os nossos movimentos e acho que este diferencial pode ter sido fundamental para ganharmos o título”, ponderou Jéssica. “Temos um entrosamento muito bom e também acredito que a sincronia de movimentos chamou a atenção dos jurados”, endossou Gabriel.

Sonho Realizado

Amante da cultura japonesa, a dupla dedicou o título a seus respectivos familiares e destacou outros pontos de sua participação no evento. “Fizemos amizade com todas as duplas e este intercâmbio cultural também é um prêmio inestimável”, mencionou Gabriel. “Tínhamos o sonho de conhecer o Japão e o fato de chegar aqui já foi uma grande vitória para nós, mesmo se não tivéssemos conquistado este título. Com ele, a alegria fica muito maior”, prosseguiu Jéssica.

Em pleno ano da comemoração do Centenário da Imigração japonesa no Brasil, Gabriel destacou a conquista como um triunfo do país. “Mais do que uma vitória minha e da Jéssica, este é um bicampeonato mundial que o Brasil conquista”, frisou ele, que não se separou mais da bandeira verde-amarela após ser declarado campeão do WCS. “Isso é para mostrar que o Brasil é capaz de se destacar no mundo em qualquer modalidade que participe.”

Fotos: Felipe Ando/Nashphotographers – Texto: Editora JBC

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