Os mitos que deram origem aos Cavaleiros do Zodíaco

Através dos Cavaleiros do Zodíaco na TV, toda uma geração de jovens está podendo conhecer um pouco do que a cultura clássica deixou para a humanidade. Pois é, a origem dos Cavaleiros se encontra alguns séculos antes do nascimento de Cristo. Você vai conhecer melhor toda a incrível história que cada um dos Cavaleiros carrega.

ATENA

Os antigos gregos acreditavam que quando o mundo foi criado, a partir da confusão em que todos os elementos ar, terra, água e fogo vivam misturados, ou seja, a partir do Caos, os deuses andavam pela terra governando e interferindo na vida dos seres humanos. É isso mesmo, eles vinham aqui e mandavam e desmandavam… O maior destes deuses era Zeus (Júpiter). Ele era considerado pai de todos os outros deuses e homens. Quando Ele quis dar conhecimento e sabedoria para os humanos, teve uma filha: Atena (Minerva). Apesar de ser protetora do conhecimento, das artes úteis e ornamentais (agricultura, navegação, tecelagem), ela era defensiva e por isso não se entendia muito bem com seu meio-irmão Ares (Marte), deus da guerra. Ele possuía um selvagem amor pela violência e pelo derramamento de sangue. Os gregos dedicavam cada uma de suas cidades a um deus. A capital da Grécia é a cidade concedida à deusa da sabedoria e tem o seu nome, Atenas. No ponto mais alto da cidade foi erguido um templo dedicado a ela: o Partenon. Em Cavaleiros do Zodíaco, jovem Saori Kido seria a atual reencarnação da deusa Atena. De acordo com a história as guerras e o sofrimento são as consequências da ignorância e do espírito violentas dos homens. A cada 200 anos, Atena é enviada novamente a Terra para impedir que a humanidade se aniquile pela falta de bom senso. Junto com ela, retornam seus antigos defensores. O difícil é que demora ainda alguns anos para que tanto Atena como seus Cavaleiros despertem totalmente essa consciência e seus poderes. Saori cresce como uma típica filhinha de papai até que, já adolescente, durante um torneio que decidiria qual dos novos cavaleiros herdaria a armadura de seu grande defensor, Aioros, ela desperta para sua verdadeira identidade e missão.

A estátua Minerva de Partenon, feita em mármore, marfim e ouro, e que hoje está no Museu Britânico, em Londres, aparece frequentemente em Cavaleiros do Zodíaco, representando o cosmo de Saori.

FÊNIX

A FÊNIX era uma ave que não nascia de outras, mas de si mesma. Ela viva 500 anos e num determinado dia fazia um ninho com ervas aromáticas, se instalava e punha fogo nele, batendo as asas cada vez mais fortes. Lá ela morria, virava cinzas e dessas cinzas nascia uma ave jovem, destinada a viver tanto quanto a original. A Fênix representava o ciclo da vida, onde nascer e morrer soa fenômenos interligados. Grécia, Roma, Índia e China possuem obras de arte que descrevem a Fênix desde tempos que antecedem o nascimento de Cristo. Em Cavaleiros do Zodíaco, IKKI foi quem se tornou o Cavaleiro de Fênix. Ele foi para a Ilha da Rainha da Morte no lugar de seu irmão mais novo, SHUN, que provavelmente não sobreviveria às duras condições de treinamento da ilha. A prova foi ruim mesmo e isso, principalmente, por causa do mestre da ilha, um homem cruel e de mente deturpada. O próprio IKKI não teria conseguido aguentar tanto tempo na ilha se não fosse pela gentil ESMERALDA, filha do mestre e primeiro amor do jovem cavaleiro. Ela discordava dos métodos violentos do pai. ESMERALDA é morta pelo próprio pai e IKKI explode de ódio. Conquista, então, a Armadura de Fênix e mata seu mestre. Tanto sofrimento fez com que IKKI se tornasse amargo, violento e egoísta. O que é legal é que assim como a ave, a armadura de IKKI tem a capacidade de se reconstruir mesmo que seja transformada em pó. No início ele usa seus poderes para roubar a Armadura de Ouro de Sagitário para o mestre ARES, inclusive agredindo SHUN. A luta dos cavaleiros para recuperar a armadura é também a luta de SHUN para recuperar seu irmão. Através da amizade dos cavaleiros e do carinho do irmão caçula, IKKI literalmente renasce para o bem, sem abrir mão do individualismo que o torna bem diferente dos demais cavaleiros. Ele é na essência a ave Fênix.

DRAGÃO

No ocidente os dragões são vistos como monstros terríveis, como a serpente marinha que atacou Andrômeda, como elementos do mal. Agora, no oriente, em especial na China, a história é outra! Os dragões têm uma fama bem diferente… Eles são seres poderosos senhores e elemento água, são eles que trazem os trovoes, os raios e a chuva. O dragão representa força, felicidade e prosperidade.

Em Cavaleiros do Zodíaco, o jovem chinês SHIRIYU é o protegido da constelação do Dragão. Órfão, SHIRIYU também foi viver sua infância na Fundação Grado, de onde saiu para ser treinado na China pelo velho mestre sábio. Depois descobre ser o Cavaleiro de Libra. De todos os meninos da Fundação, SHIRIYU teve o treinamento mais agradável, por estar em sua terra natal, por ter um mestre sábio e equilibrado e por ter o apoio de uma amiga gentil e carinhosa como SHUNREI. Mas isso não quer dizer que seu treinamento tenha sido mais fácil. Pelo contrário! SHIRIYU é o próprio dragão em forma de gente. Seu elemento é a água (ele tende a ficar mais forte com ela) e seu poder é capaz de fazer a água de uma cachoeira correr para cima. O brilho de seu cosmo é como o brilho dos olhos de um dragão. Depois da difícil batalha das 12 Casas, SHIRIYU prova ser digno de se tornar um Cavaleiro de Ouro e herda a Armadura de Libra de seu velho mestre. O Ano Novo chinês sempre é comemorado com fogos de artifício e um desfile onde as pessoas carregam um comprido e sinuoso dragão, símbolo de felicidade e prosperidade.

ANDRÔMEDA

Andrômeda era filha do rei Cefeu e da rainha Cassiopeia. Diz a lenda que um dia a rainha Cassiopéia se atreveu a comparar sua beleza com as das divindades marinhas. O convencimento da rainha foi castigado: as divindades mandaram um monstro para devastar o litoral do reino de Cefeu. Desesperado, o rei consultou os deuses e foi aconselhado a oferecer sua filha Andrômeda em sacrifício ao monstro.

A moça aceitou o seu cruel destino para poder salvar o povo. Foi acorrentada às rochas no meio do mar para que o monstro a devorasse. Quando isso aconteceu o jovem guerreiro Perseu chegou ao local. Ele era filho de um deus com uma mortal e se tornou um herói ao matar a Medusa, mulher-monstro com cabelos de serpente que transformava em estátuas de pedra aqueles que a olhavam. Puxa! Esse negócio de herói é mais antigo que a gente imaginava! Mas voltando pra história: quando Perseu viu Andrômeda, perguntou aos reis o que estava acontecendo e, depois de saber se tudo se propôs a matar o monstro com a condição de que os reis lhe prometessem a filham em casamento. Claro que os pais disseram sim. Nessa situação você diria sim para qualquer coisa… Perseu destruiu a serpente e libertou Andrômeda. Depois foi recebido com alegria pelo povo e pelos reis, que à noite deram um grande banquete para comemorar o casamento de Perseu e Andrômeda. Em Cavaleiros do Zodíaco, foi o jovem SHUN que conquistou a honra de envergar a armadura de Andrômeda. SHUN foi o escolhido para ser treinado na ilha da Rainha da Morte, lugar onde ninguém tinha voltado vivo. Conhecendo a fragilidade de seu irmão e a fama da ilha, IKKI (que ia para a ilha de Andrômeda) decide trocar de lugar com SHUN. Na ilha de Andrômeda, SHUN treina apenas com o objetivo de se tornar cavaleiro para poder reencontrar o irmão. Ele detesta confronto, prefere apanhar a bater, e usa seu poder só para atingir seu objetivo. As correntes que SHUN usa ao uma alusão às correntes que serviram para prender Andrômeda nas rochas. Assim como todos os rapazes que treinaram para tentar conquistar armadura, SHUN tem o rosto delicado e a coragem da heroína. A Galáxia M31, a mais distante que pose ser vista da Terra a olho nu, foi batizada de Andrômeda. Esta galáxia sempre aparece no desenho representando o cosmo de SHUN.

CISNE

O cisne é uma ave típica de regiões temperadas e se adaptam bem a lugares frios. Há uma espécie de cisne que vive na Sibéria, leste da Rússia, e todo o ano, durante o inverno, migra para as regiões mais quentes da Ásia. Ave bela e elegante, sempre foi protagonista de inúmeras expressões artísticas no mundo inteiro, principalmente em literatura, dança e música. Quando nasce é meio desengonçado e as penas não são cheias. Isso serviu de inspiração para o escritor norueguês Hans Christian Andersen, no século retrasado, criar um dos contos mais populares do mundo: O Patinho Feio. Há muitas outras histórias e manifestações artísticas que envolvem a ave, como um conto dos irmãos Grimm, Os Seis Cisnes, que narra a história de seis príncipes transformados em cisnes por uma bruxa. Em sua homenagem, os cientistas deram o nome de Cygnus (cisne, em grego) a uma constelação, em 1971, no centro da qual, descobriram um brilho intenso que pode ser uma estrela supernova ou um buraco negro. Entre os Cavaleiros do Zodíaco um jovem de 16 anos é protegido pela constelação de cisne: HYOGA. De todos os cavaleiros, HYOGA foi o único que teve mais contato com sua mãe. Ela faleceu num naufrágio quando ele era criança. Seu tipo físico diferente lhe dá a fama de ser o mais bonito dos cavaleiros. Seu pai era japonês e a mãe era russa, o que fez com que ele nascesse meio oriental, com olhos levemente repuxados, mas azuis, e cabelos cor de mel. HYOGA encarnou o próprio cisne com a beleza e a facilidade de enfrentar o frio. Foi treinado na Sibéria e manipula baixas temperaturas. O frio é o seu poder. Para ativar seu cosmo, HYOGA dança passos de O Lago dos Cisnes, um balé criado por compositor russo em 1876.

Durante a batalha das 12 Casas, HYOGA é obrigado a enfrentar CAMUS, Cavaleiro de Ouro que foi mestre do Cavaleiro de Cristal que o treinou na Sibéria. Demonstrando seu valor e despertando seu 7º sentido, HYOGA herda a Armadura de Aquário de CAMUS.

PÉGASO

Dizem as lendas gregas que quando Perseu matou a Medusa, o sangue escorreu de seu pescoço, caiu sobre a terra e se transformou no cavalo alado Pégaso. No início Pégaso era impetuoso como um cavalo selvagem e foi Atena que pegou e o amansou. Mais tarde, depois de muitas aventuras, ele serviu de mensageiro das musas e é frequentemente mencionado pelo poetas clássicos e modernos como símbolo de liberdade. O jovem SEIYA é o cavaleiro da armadura de Pégaso. Quando criança, ele e sua irmã mais velha, SEIKA, se tornaram órfãos e foram criados num dos orfanatos da Fundação Grado. Aos 3 anos de idade Seiya foi separado da irmã, alguns anos de pois, foi enviado à Grécia para ser treinado pela jovem Amazona de Água chamada MARIN. Decido a se tornar cavaleiro para poder reencontrar sua irmã, SEIYA conquista a armadura de Pégaso numa disputa com o gigante CÁSSIUS, aprendiz da Amazona SHINA. De volta ao Japão e frente com SAORI, SEIYA era o próprio Pégaso indomado. Revoltado por ter sido separado da irmã por não saber mais onde ela está, SEIYA não estava disposta a participar das disputas pela armadura de Sagitário. Mas as coisas foram acontecendo e aos poucos ele foi fazendo amigos. Passou a entender e aceitar SAORI como a nova Atena e descobriu que sua treinadora, MARIN, era sua irmã SEIKA. Depois de duras provas SEIYA demonstra ser digno de herdar a Armadura de Ouro de Sagitário. Seu nome que significa em japonês FLECHA ESTELAR, combina bem com as flechas de sagitário. As asas da armadura de ouro substituíram as de seu elmo de Pégaso e agora dão a SEIYA a capacidade de voar. O cavaleiro representa a liberdade assim como Pégaso.

Autora: Cristiane A. Sato

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