Os heróis nunca morrem

Há heróis que são como diamantes: são raros, duradouros, eternos… Chegam como quem não quer nada e quando menos percebemos já estamos completamente fascinados por eles. Passado algum tempo, é bonito ver marmanjos sorrindo, com uma lágrima nos olhos , lembrando de heróis passados. Exagero? Nem um pouco. Para os fãs, os CAVALEIROS DO ZODÍACO jamais morrerão ou serão esquecidos.

Deles, a gente vai sempre ter o que falar. As palavras finais de SAORI no último capítulo da série viraram realidade. Oito anos depois de saírem do ar no Japão, os CAVALEIROS DO ZODÍACO ainda são objetos de eventos e fanzines! Na 48º edição do maior evento de mangá e animê do Japão, o Comic Market em Tokyo (realizado num local de convenções do tamanho do Anhembi em São Paulo), dedicou um andar inteiro de um prédio a eles. Na Itália e na França, há dois anos não passa mais CAVALEIROS na TV, mas os fãs-clubes continuam ativos e os bonecos ainda são comercializados. O CD original dos CAVALEIROS, em japonês, tem uma músic chamada LOVE FIGHTER, que diz “VOCÊS ESTÃO ESCUTANDO NOSSAS VOZES? A PARTIR DE HOJE ESTAMOS FAZENDO HISTÓRIA!”  eles não estavam exagerando: CAVALEIROS será internacionalmente lembrados como o marco da animação japonesa nos anos noventa. Mas há outros exemplos de heróis inesquecíveis.

PATRULHA ESTRELAR

Marco da animação japonesa dos anos oitenta nos EUA e no Brasil. Era uma mistura de JORNADA NAS ESTRELAS e GUERRA NAS ESTRELAS com dramaticidade e ética japonesas. Contava com aventuras da tripulação da espaçonave Argo (Yamato, para os puristas), que para salvar o planeta Terra se embrenhava no desconhecido e lutava contra os Gamilons e o Cometa Império. O tema de abertura, com um coro masculino tipo hino da Segunda Guerra, ainda hoje faz os fãs se arrepiarem. No Japão, essa série originou um dos maiores e mais ativos movimentos de fãs de mangá e animê já ainda existentes. Nos EUA, foi lançada este anos a linha de quadrinhos STAR BLAZERS e a série completa em vídeo para os aficionados.

AYRTON SENNA

A contribuição brasileira ao Japão, que nos deu tantos heróis de ficção. SENNA era um ídolo esportivo, as também encarnava outras qualidades admiradas pelo povo japonês, comportamento discreto, seriedade no trabalho, apego à família e aos amigos e uma emotividade contida, que explodia na forma de lágrimas em momentos significativos.

Através dos quadrinhos, SENNA passou a ser um herói no Japão e seus fãs iam ao Autódromo de Suzuka com a bandeira do Brasil em sua homenagem. Sua morte súbita e televisionada o imortalizou como ídolo de dois povos. Ainda hoje, é difícil de falar de AYRTON SENNA conjurando verbos no passado.

SPEED RACER

Primeiro ícone internacional da animação japonesa. Com seu incrível carro de corrida Mach-5, e seus amigos TRIXIE e SPARKY, ele participava das provas mais inusitadas pelo mundo inteiro. A música de abertura da série, com o ronco da aceleração do motor do Mach-5, fazia as crianças correrem para frente da TV nos anos setenta. As aventuras de SPEED ainda hoje cativam novas audiências (tanto que a série foi recentemente reprisada nos EUA e no Brasil pela MTV). O lado fantasioso da série era contrabalançado com o lado humano da admiração e companheirismo do irmão caçula de SPEED (GORDUCHO ou SPRIDDLE), e da atitude protetora do CORREDOR X (na verdade, o irmão mais velho de SPEED, que fugiu de casa para se tornar corredor, diante da proibição do pai).

NATIONAL KID

Foi com ele que tudo começou, nos primórdios das TVs japonesa e brasileira. Era uma serie live-action em preto-e-branco. Na época (1964), a grande novidade era ver japoneses numa série de TV. A música-tema tipo marchinha dava o tom heróico. O herói fantasiado, com uma bolinha pendurada na cabeça e a capa que mais atrapalhava que ajudava, era simpática principalmente com as crianças. Mas o grande charme era a linguagem surrealista (parecia normal as pessoas sumirem e aparecerem sem mais nem menos) e os vilões bastante criativos, como os Incas Venusianos e os Seres Abissais. Ainda hoje tem quarentão que se emociona ao lembrar desse pioneiro. Por isso, NATIONAL KID foi lançado no Brasil, pela Sato Co. e pela Intermovies.

ULTRAMAN

Foi a primeira série live-action em cores exibida no Brasil. Um herói alienígena gigante, emborrachado e com um indicador de bateria no peito, mandado para proteger a Terra da invasão de monstros do espaço sideral. Encantava as crianças com golpes pirotécnicos e seqüências de ação, destruindo maquetes. No fim da série, por causa de problemas de energia, ele foi obrigado a voltar a sua galáxia de origem, M-78, depois de derrotar seu último monstro. Os terráqueos, ficaram sem o ULTRA e sem o HAYATA, seu alter ego humano. Para os saudosistas e para os que querem conhecer o herói, a Intermovies lançou a série em vídeo.

Cristiane A. Sato

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